O Partido Republicano Português nasceu em 1873 e tinha como prioridade derrubar a monarquia constitucional, que considerava a causa de todos os males que afectavam o país. Na linha do vintismo e do setembrismo, propôs-se levar o liberalismo até às últimas consequências, restabelecendo a soberania nacional numa base de poder democrático e expurgando-a da alçada do rei.
A defesa acérrima das liberdades, inclusivamente da liberdade económica, e a preocupação em atrair a burguesia fizeram-no aceitar o capitalismo como uma evidência.
Os objectivos que perseguiu foram apenas no sentido de reforçar e aprofundar a democracia política através do alargamento do direito de voto a todos os cidadãos (sufrágio universal), de modo a obter uma representatividade mais genuína da soberania nacional, de conceder a supremacia política ao parlamento e de fazer respeitar as liberdades e direitos cívicos e jurídicos, nomeadamente a igualdade de todos perante a lei.
O Partido Republicano viu crescer a sua base de apoio proveniente, sobretudo, da classe média urbana, ao longo dos anos, mercê de uma boa organização e de uma propaganda que soube tirar partido das contradições, desaires e erros graves da administração monárquica.
A partir de 1880, devido à crise económica, financeira e institucional, à corrupção e aos escândalos da elite governativa, e, por fim, à humilhação provocada pelo ultimato inglês, o descontentamento e a revolta alastraram entre os portugueses, cuja maioria reconheceu que a instauração da república era a única alternativa credível ao desacreditado regime da monarquia constitucional.
1.2 O partido republicano português
O Partido Republicano Português
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